ANO VELHO X ANO NOVO
Toda vez que o ano vai chegando ao fim, parece que todos vamos
manifestando cansaço maior; seja porque as festas se multipliquem
(são formaturas, casamentos, jantares de empresas), seja porque já
nos vamos preparando para as viagens de férias de logo mais.
De uma forma ou de outra, é comum se escutar as pessoas
desabafarem dizendo que desejam mesmo que acabe logo o ano.
Quem muito sofreu, deseja que ele acabe e aguarda dias novos, de
menos dores. Quem perdeu amores, deseja que ele acabe de vez,
na ânsia de que os dias que virão consigam trazer esperanças ao
coração esfacelado pelas ausências. Quem está concluindo algum
curso e deu o máximo de si, deseja que os meses que se anunciam
cheguem logo, para descansar de tanto esforço.
E assim vai. Cada um vai pensando no ano que se finda no sentido
de deixar algo para trás. Algo que não foi muito bom.
Naturalmente, muitos são os que veem findar os dias do ano com
contentamento, pois eles lhe foram propícios. Esses, almejam que
os dias futuros reprisem esses valores de alegria, de afeto, de
coisas positivas.
Ano velho, Ano Novo. São convenções marcadas pelo calendário
humano, em função dos movimentos do planeta em torno do astro
rei. Contudo, psicologicamente, também nos remetem, sim, a um
estado diferente. Como Deus nada faz, em Sua sabedoria, sem um
fim útil, também assim é com a questão do tempo como o
convencionamos. Cada dia é um novo dia. A noite nos fala de
repouso. A madrugada nos anuncia oportunidade renovada.
Cada ano que finda nos convida a deixarmos para trás tudo de
ruim, desagradável que já vivenciamos, permitindo-nos projetar
planos para o futuro próximo.
Por tudo isso, por esta oportunidade que a Divindade nos permite a
cada trezentos e sessenta e cinco dias, nesta Terra, pense que
você pode melhorar a sua vida no ano que se anuncia.
Comece por retirar de sua casa tudo que a atravanca. Libere-se
daquelas coisas que você guarda nos armários, na garagem, no
fundo do quintal. Coisas que estão ali há muito tempo, que você
guarda para usar um dia. Um dia que talvez nunca chegue. Pense
há quanto tempo elas estão ali: meses, anos… esperando.
São roupas, calçados, livros, discos antigos, utensílios que você
não usa há anos. Libere armários, espaços. Coisas antigas,
superadas, são muito úteis em museus, para preservação da
memória, da evolução da nossa História. Doe o que possa e a
quem seja mais útil.
Sinta o espaço vazio, sinta-se mais leve.
Depois, pense em quanta coisa inútil você guarda em seu coração,
em sua mente. Mágoas vividas, calúnias recebidas, mentiras que
lhe roubaram a paz, traições que o deixaram doente, punhais
amigos que lhe rasgaram as carnes da alma…
Afaste tudo de si. Mentalmente, coloque tudo num grande invólucro
e imagine-se jogando nas águas correntes de um rio caudaloso que
as levará para além, para o mar do esquecimento.
Deseje para si mesmo um Ano Novo diferente. E comece leve, sem
essa carga pesada, que lhe destrói as possibilidades de felicidade.
Comece o Novo Ano olhando para frente, para o Alto. Estabeleça
metas de felicidade e conquistas. Você é filho de Deus e herdeiro
do Seu amor, credor de felicidade.
Conquiste-a. Abandone as dores desnecessárias, pense no bem.
Mentalize as pessoas que são amigas, que o amam, lhe querem
bem.
Programe-se para estar mais com elas, a fim de, fortalecido,
alcançar objetivos nobres. Comece o ano pensando em como você
pode influenciar pessoas, ambientes, com sua ação positiva.
Programe-se para vencer. Programe-se para fazer ouvidos surdos
aos que o desejam infelicitar e avance. Programe-se para ser feliz.
O dia surge. É Ano Novo. Siga para a luz, certo de que com
vontade firme, desejo de acertar, Jesus abençoará as suas
disposições.
É Ano Novo. Pense novo. Pense grande. Seja feliz!